A história da origem de um nome[i]
Era uma vez, mais precisamente na
época pré-cambriana, uma gangue do subúrbio carioca Bento Ribeiro, muita
numerosa e bem-organizada, porém de baixa estatura. Os membros da gangue se
intitulavam “Os Bentônicos”. Havia uma pequena dissidência que se desdobrava
para dar a impressão de estar em muitos lugares ao mesmo tempo, e por essa
característica, seus membros eram jocosamente apelidados de “Os Plancktônicos”[iii].
Depois de algumas brigas, as duas gangues resolveram se juntar, mantendo seus
apelidos, para invadir um outro bairro a beira-mar. O objetivo era ter domínio
do acesso ao mar e, consequentemente, domínio do mar em si. Chegando lá, foram
hostilizados pela população local (os cleptoplásticos e os dinoflagelados[iv])
aos gritos de “Fora! Mini-feras!” e outros xingamentos menos republicanos.
Entretanto, a gangue do subúrbio prevaleceu e adotaram o grito de guerra dos
“clepto-flagelados” como o novo apelido: Foraminifera! Eis a
origem do nome do nosso grupo mais querido de microfósseis.
[i]
o autor agradece a ajuda generosa do verbete Foraminifera da
Wikipedia.
[ii]
Fonte das gravuras: https://pt.wikipedia.org/wiki/Foraminifera
[iii]
A ortografia era essa mesma, em homenagem ao físico Max Planck, pai da teoria
quântica, pela qual uma gangue poderia estar em uma superposição de múltiplos
estados. Posteriormente, foi aportuguesada para planctônicos.
[iv]O
primeiro grupo pertence à cleptocracia e havia se apossado dos terrenos à
beira-mar. O segundo grupo era um subgrupo da cleptocracia, que se intitulava
“centrão” e adotou o nome dinoflagelados protestando as medidas do ministro
Flávio Dino contra as emendas “secretas”.
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